segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Ainda vale a pena lutar!

Será que Você pode me olhar nos olhos?
Será que pode ver realmente a minha alma?
Será que Você pode ouvir o meu coração?

Será que ainda vale a pena lutar?

Podes sentir aquilo que sinto?
E quando Você sentir, eu ainda estarei lá?
Será que Você pode mudar o rumo dessa história?

Será que ainda vale a pena lutar?


Mesmo quando nenhum de nós querer mais se sacrificar?
Ou apenas dirá que não pode me ajudar?
Será que nenhum outro, poderia oferecer mais Amor?

Será que ainda vale a pena lutar?

Ouço dizer muitas coisas sobre Ti, mas e a sua Verdade, ainda está por vir?
Não existe um lugar qualquer em que Você não esteja lá?
Não consigo evitar, por mais que eu não queira...

Ainda vale a pena lutar!

LailaMell

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Amor = Sexo = Desejo. Será?

"O desejo sexual é um fenômeno subjetivo extremamente complexo, para cuja origem contribuem significativamente as fantasias sexuais, os sonhos sexuais, a iniciação do comportamento sexual, a receptividade ao e do par sexual, as sensações genitais, as respostas aos sinais eróticos no meio ambiente e muitos outros fatores. Muito ao contrário do que pensam alguns, o desejo sexual do ser humano adulto, maduro e consciente não se resume à simples pulsões fisiológicas, tal como é o caso da vontade de comer ou da vontade de beber. Sexo por impulso, ou seja, exclusivamente biológico, acontece nos animais e no ser humano imaturo, biológica ou mentalmente. No ser humano maduro e consciente considera-se que o desejo sexual seja um complexo vivencial formado por três componentes principais; a biologia, a psicologia e a socialização. Interessa aqui esses três componentes interagindo continuamente uns com os outros. A expressão "desejo sexual" envolve a inclinação humana para o comportamento sexual, o qual tem início tanto na cultura, através da motivação sexual, como na pessoa, através do impulso sexual."  (http://www.psiqweb.med.br)

Existe um certo apelo no sentido de determinar o quanto nosso desejo sexual é "normal ou anormal", nisto entram questões como a quantidade de vezes em que praticamos sexo, as posições, o desempenho, a vontade, se somos fogosos ou não. 


Afinal para muitos, a falta do desejo sexual implica em a pessoa estar de certa forma "doente", ainda que tal pessoa não se sinta assim, aliás, muitas pessoas nem sentem desejo sexual e são satisfeitas e felizes dessa forma, sozinhas ou acompanhadas, essas pessoas se nomeiam ou as nomeiam como assexuadas e não reprimidas ou frigidas. 



Obviamente que o sexo além de ser uma das grandes fontes de prazer, de fazer bem a saúde, é também a única forma natural de reprodução. Mas, apesar disso, nem sempre o desejo sexual vem junto no pacote



Podemos nos referir ao sexo como tendo até três funções distintas, porém, não únicas: para fins reprodutivos (procriação); Para fins onde o sexo é apenas usado como fonte de prazer e satisfação de desejos e fantasias sexuais e tudo o que isso implica; E existe ainda a função "espiritual" em que a relação sexual é vista como uma experiência transcendental como ocorre no sexo tântrico (quando praticado de forma correta e ética)


Não vou discutir aqui qual a melhor ou a pior, porque isso cabe a vivência de cada um e creio que na vida é possível vivenciar essas três funções do sexo, juntas/separadas ou não. A questão importante é a imposição de um desejo sexual comum a todos e esta imposição é a responsável por tantos problemas que enfrentamos como o preconceito e a discriminação em relação ao sexo. 


Como se pode analisar no texto que usei como referência, existem diversas formas de vivenciar ou não este desejo sexual, ou seja, este desejo não é tal como a necessidade de comer e beber afinal nunca ouvimos algo como "fulano(a) morreu por falta de sexo", porém, já ouvimos muitos casos em que as pessoas morrem de sede e de fome. 



Sendo assim creio eu, ser leviano demais afirmar que o sexo é algo fundamental a existência humana, sim, o ser humano existe devido a uma relação sexual, mas, se a intenção não for a de procriar a função do sexo como impulso exclusivamente biológico e fisiológico deixa de existir como obrigação e passa a ser opcional na vida humana, podendo ser vivenciadas de diferentes maneiras.


Então cada um vai ter um tipo de motivação sexual que pode levar ou não ao desejo sexual, o que motiva, o que estimula um pode ser exatamente o que desmotiva ou desestimula o outro. 


Tem pessoas que fazem sexo para saciar o seu impulso, ai vão a procura do outro apenas para se satisfazer. O outro funciona ali como um "objeto saciador, um tira-fome", tão logo a vontade é saciada já não há mais razão de se manter ou querer a pessoa ali do lado, afinal se não estamos mais com fome, paramos de nos alimentar... 



Existem aqueles que fazem sexo para satisfazer o seu Ego, então a pessoa vai a procura do outro para se sentir bem consigo mesma, para se validar como pessoa, então ela faz sexo com o outro para se sentir bonito(a), gostoso(a), ser a "boa de cama". Provar para si mesmo que tem uma ótima performance, ela até quer dar prazer ao outro, mas, apenas para exercer o poder dela no sexo e não necessariamente porque se importa com o prazer do outro. Seria algo como fazer sexo olhando para o espelho e ficar admirando sua própria performance e não a relação sexual em si, que está ocorrendo naquele momento, ou seja, não há uma entrega total nesse sentido, não existe interação, apenas uma conexão superficial focada no prazer dos genitais e nas mais variadas posições e realizações de fantasias sexuais... 



Existem aqueles que fazem sexo por amor ou por ter algum sentimento de afeto pelo o outro, pessoas assim nem sempre sentem desejo sexual pelo o outro, mas, por amarem ou se sentirem afetivamente próximos acham que necessariamente o desejo sexual irá surgir como que num passe de mágica e vai ser obrigatoriamente um desejo ardente e longo, mas, nem sempre esse desejo surgi mesmo a pessoa gostando muito da outra...


Como podemos ver, existem diversas formas de vivenciar o sexo, não só pelas definições acima, como muitas outras. No entanto, o desejo sexual está ligado a motivação sexual que está ligada ao estímulo sexual. O estímulo se inicia no impulso (biológico) sexual de cada pessoa, que pode variar por questões orgânicas, hormonais e psicológicas e a motivação sexual se inicia com a cultura de cada pessoa. 


Quando tentamos definir isso através de regras, padrões, homogenização, muitas pessoas que não se enquadram se sentem inferiores ou aquém dos outros, porque começam a se comparar ou outros começam a compará-las com esses padrões, assim dificilmente a pessoa irá se motivar sexualmente. 



A pessoa em determinado momento poderá até procurar ajuda médica, mas, nem sempre a questão é médica e geralmente a pessoa procura ajuda porque o companheiro(a) está reclamando ou está insatisfeito(a) com o seu desempenho, dificilmente algo poderá ser feito já que a pessoa se sente mal não pela falta do desejo em si e sim porque não quer mais decepcionar o outro.


Não tenho respostas prontas para a resolução do problema da falta do desejo sexual, pois, nem sei se isso é um problema crucial na relação, o que eu acredito é que o desejo passa a ser um problema quando começa a ser padronizado, medido, exigido, obrigatório. 


O que com certeza é válido nesses casos é o autoconhecimento, é se libertar das amarras do que é ser normal ou anormal nesse sentido, é se respeitar, respeitar os seus limites e aprender a respeitar os limites do outro em se querer ou não. É necessário entender que o que me causa excitação, o que me motiva sexualmente, o que me causa desejo nem sempre vai causar o mesmo efeito no outro, ás vezes, irá causar repulsa e afastamento. 



Então se alguém dá muito valor a isso em detrimento a outros aspectos da relação, como por exemplo, afeto, companheirismo... Ao invés de se perder tempo tentando mudar o desejo do outro, seria mais prudente procurar por um(a) parceiro(a) compatível que tem uma motivação e desejo sexual semelhantes as suas. 



Se por acaso a pessoa tem vontade de ter um desejo e desempenho sexual melhores cabe a essa pessoa procurar por ajuda, o outro neste momento pode oferecer seu apoio, mas, não obrigar o outro a se enquadrar ao seu desejo, ou tentar estimulá-la com palavras de efeito como: - "Sei que você tem um grande potencial, só precisa querer, isso vai fazer bem pra você, não é por mim é por você, você precisa se libertar....; Ou coisas como: Meu (minha) ex era assim ou assado na cama, ele(a) não me dava sossego"... 
Palavras como essas só fazem piorar a situação, fazendo o outro se sentir diminuído. Então nada de bancar o super-herói, a(o) terapeuta, nessas horas.


Quem ainda acha que o amor é igual a sexo que é igual ao desejo ou vice-versa, após refletir um pouco sobre tudo o que foi escrito, verá que a coisa não é tão simples e automática assim. 


Observará que esses três componentes podem coexistir, mas, ao mesmo tempo podem existir de forma separada, então uma motivação sexual e um desejo sexual comum a todos não existem. 



Quem vai determinar isso é o autoconhecimento próprio de cada pessoa, a honestidade em se aceitar e a forma com que a pessoa vai lidar com isso. 



Se isso causa ou não sofrimento? Se é necessário fazer algo a respeito para mudar? Quem decidi isso é a própria pessoa e não o outro, o outro não deve jamais servir de parâmetro. 



Porém, o Respeito por si próprio e pelo o outro, devem ser a base de tudo, Sempre!
                                                            

                                                                LailaMell 






segunda-feira, 4 de março de 2013

Um relacionamento só é bom se houver paixão?

Quem nunca assistiu as diversas comédias românticas do cinema ou assistiu a alguma reportagem sobre casais imensamente apaixonados, respirou fundo, e desejou o mesmo para si?

Realmente a paixão nos motiva a ter uma vida mais plena, parece que realmente estamos vivos, sentimos que o outro nos completa e é tudo para nós. Mas, essa sensação não é eterna e obstáculos surgem no caminho. Por mais que quem está apaixonado não queira admitir, a paixão é algo que passa e acaba, acredito que as pessoas podem treinar para manterem a paixão, mas, para isso exige maturidade, decisão, consciência e boa vontade, pois, esta paixão não será mais a paixão química, da forma que a conhecemos e sim, será uma paixão comportamental.

Acho que para o apaixonado não há coisa pior do que não ter sua paixão correspondida, quando isso ocorre, um abismo abre-se diante da pessoa apaixonada, tudo de bom se desfaz, a paixão dá lugar a áquilo que seu significado etimológico diz: "sofrimento", SIM, é isso que a paixão se torna, um grande sofrimento para quem está apaixonado e dependendo das consequências, também para quem é alvo dessa paixão.

Geralmente esta paixão nos cega, nos faz agir somente por esse impulso de querer o outro a qualquer custo, achamos que temos a posse do outro, daí tantos crimes passionais cometidos.

Mas, porque que mesmo sabendo que a paixão pode ter seus maus efeitos colaterais, ela é a primeira coisa que buscamos num relacionamento?

Sim, porque quando não existe paixão num relacionamento, achamos que não há vida, não há afeto...Mas, será mesmo que é assim? Não existe um bom relacionamento sem o elemento paixão?

Bom, acho que isso depende de cada pessoa e da vivência de cada pessoa, da sua personalidade, do seu temperamento. Em minha opinião, quanto mais amadurecemos emocionalmente mais vamos nos distanciando da paixão, pelo menos, no que diz respeito a essa paixão química, por impulso.

Sinceramente acho que um relacionamento sem paixão, pode ser tão bom e cheio de emoção quanto qualquer outro com paixão, depende, obviamente das pessoas envolvidas nesse relacionamento e do que elas querem para ele.

Quando não estamos sob o domínio da paixão, estamos livre para fazer escolhas conscientes, não nos tornamos escravos do impulso, sendo assim, não tomamos atitudes precipitadas e que nos causará arrependimento, com tanta frequência. Pensamos e sentimos as coisas com mais clareza!

Um dos componentes que impulsiona a paixão, com certeza é a atração física e a sexual e geralmente quando ela começa a diminuir, a paixão começa também. Num relacionamento sem paixão, este componente existe, mas, não tem tanto impacto, as pessoas não se relacionam baseadas somente nisso, portanto outros componentes como o respeito, a amizade, a cumplicidade se tornam tão mais importantes quanto a atração que é relativa. Isso faz com que se torne mais simples, de repente, um futuro rompimento, caso seja necessário, sem que uma das partes se sinta tão mal a ponto de odiar a outra, coisa que se torna quase impossível quando estamos apaixonados e o outro termina, a vontade que a pessoa apaixonada tem vai de sentimentos de vingança, até mesmo ficar completamente deprimido.

Quando estamos apaixonados parece que nos esforçamos mais para agradar e fazer com que a relação dê certo, afinal a vontade de ter o outro é muito intensa, mas, como já citado esse mesmo empenho, não sobrevive ao primeiro obstáculo ou ao primeiro indício de mudança ou diminuição da paixão, pois, não há uma maturidade de se prever esses acontecimentos e lidar com eles de forma prática. Já quando não estamos apaixonados, já sabemos que todo o relacionamento passa por mudanças, sabemos que a empolgação inicial se deve ao fato das pessoas envolvidas serem desconhecidas, o mistério nos causa curiosidade e conforme vai havendo intimidade, essa empolgação vai diminuindo, vamos nos descobrindo, mas, isto não é motivo para se esfriar, pois, podemos dar lugar a admiração ao invés da empolgação e agirmos baseados na admiração que temos pelo o outro.

Como se vê a paixão pode ser o que dá a liga, mas, também pode ser o que separa. Um relacionamento sem paixão, baseado em valores e sentimentos mais profundos, se bem aproveitados, nos faz aproveitar a vida ao lado de alguém de forma mais serena, e por que não, divertida?

Achamos que um relacionamento sem paixão, sereno, não é divertido. Pois, não há aquele "caos", aquele impulso, que causa muitas brigas e discussões e geralmente termina numa cama, em meio a beijos ardentes de paixão. Achamos que precisamos sempre estar a beira de um ataque de nervos, precisamos sempre sentir aquele frio na barriga, o famoso "entre tapas e beijos", pois, isto é sinal de que gostamos e de que estamos apaixonados.

Parece não haver o espaço para o bom senso, a doação, o comprometimento, a razão. Mas, volto a dizer, isto tudo depende muito do que as pessoas querem e desejam e de suas personalidades e temperamentos, não é a paixão em si, que faz algo ser ardente e divertido. São as pessoas envolvidas que fazem com que o relacionamento seja assim ou não, não é necessário ter paixão para você fazer coisas divertidas e emocionantes, porque na paixão isto implica em se sentir, eu sinto paixão por isso faço coisas boas, divertidas e excitantes, mas, quando não existe a paixão, você pode simplesmente decidir ser assim.

Eu decido conscientemente tomar tal atitude para ter tal resultado, independente de se sentir essa paixão, claro desde que a pessoa realmente goste da outra, pois, quando não gostamos, não nos importamos com o outro. Então, uma pessoa pode tomar certas atitudes, por exemplo, para apimentar a relação, sem necessariamente sentir esse impulso (que seria natural na paixão), pois, entende que tal atitude vai ajudar a ter um resultado positivo na relação e isso é o que importa. Tudo isso parece muito mecânico e até frio, mas, não acho assim, tudo depende da forma com que você vê e age, se você é uma pessoa mecânica e fria, tudo o que fará será assim!

Há muito mais o que se escrever e pensar sobre isso, existem muitas vantagens e desvantagens.

Mas, de uma coisa eu tenho certeza, um relacionamento pode e deve ser bom, com ou sem, paixão. Basta que os envolvidos tenham consciência, boa vontade e não tenham preguiça de se empenhar e tentar!
                                                            LailaMell

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Independência, Carência e Afins...

Relacionamentos, como deixar de falar nesse assunto?

Ele faz parte da vida da gente, pode ser virtual, a distância, tete a tete, de amizade, de namoro, de casamento, sexo casual, de trabalho, por interesse, não importa...são relacionamentos...

E nesse contexto de relacionamento que tal inserir o assunto Independência, Carência e Afins?

Sim! Porque hoje em dia é quase que um crime inafiançável pensar e falar em carência dentro de um relacionamento, afinal a bola da vez é a total independência, financeira, emocional, física, não é mesmo?

Mas, antes disso que tal analisarmos o que é independência e o que é carência...

Segundo o dicionário independência é:  
O estado de não se achar sob domínio ou influência estranha. 
E carência é:
1. Falta do que é preciso. 2. Necessidade.
3. Privação.

Considerando esses significados acima, acho que vale rever todo o nosso conceito ou preconceito em relação a independência, carência e relacionamento. Vivemos em um mundo puramente consumista ( pelo menos a maior parte das pessoas vivem em um mundo assim ), onde a aparência do ter, vale mais do que o ser, onde o status conta mais do que qualquer valor moral e virtude de caráter. Pensando nisso, num relacionamento existe uma carência ou seja, existe a busca por algo, não importa o que seja, existe esse buraco, essa falta, essa privação...
E é a ânsia por esta busca, para preencher este vazio que vai fazer toda a diferença em nossa vida e definir o quanto somos escravos dessa carência ou independentes dela.

Admitindo ou não, Todos  somos passíveis a esta carência. Ninguém é tão autossuficiente a ponto de não precisar de algo ou alguém, todos estamos inseridos numa cadeia de dependência, independência e inter dependência.

Só que existe diferença entre você sentir e admitir que necessita ou sente falta de algo ou alguém e entre você se achar sob o domínio ou influência deste algo ou alguém.
Para ser mais específica existe diferença entre você sentir e admitir que sente falta de ter mais e melhores amigos, por exemplo, e você se achar sob domínio desta carência e fazer absolutamente qualquer coisa, seja algo digno ou não, para conseguir ter esses amigos. Então sob o domínio dessa carência, se para você ter esses amigos, você tiver que abrir mão de sua personalidade, seus gostos, sonhos e desejos, suas opiniões e dai por diante apenas tornar-se mais uma "cópia sem identidade própria", desses supostos amigos, você assim fará!

Afinal você está sob o domínio desta carência, abriu mão de sua independência, que neste caso seria a liberdade de que apesar dessa falta (carência), você prefere não abrir mão de si mesmo. Porquê acredita que verdadeiros amigos vão querer você, como você é.
Podem querer que você melhore em alguns aspectos, afinal ninguém é perfeito, mas, ainda sim o aceitarão como você é!
Este é um exemplo que serve de base para outros relacionamentos, como trabalho, até que ponto você abre mão dessa sua independência, se submete, para manter algo que considera importante?

E será que se estamos conscientes de que estamos sob o domínio dessa carência, isso faz com que nossa independência seja mantida apesar da carência?

Respostas fáceis não existem, cabe a cada um conhecer a si mesmo, afinal cada um sabe onde seu calo aperta e quando você sente sua dor, só você sente, ninguém por mais presente que seja, sentirá por você...

De nada vale vestir uma fantasia do "eu não preciso de nada e nem de ninguém, eu me basto", e encobrir algo que está lá e é real e mais uma vez apenas aparentar ser algo que não existe, ou seja, apenas mais uma vez manter o status do "eu pareço ser, mais não sou".

Deixo claro que em minha opinião, não é a admissão de uma carência que nos torna carentes ou dependentes e muito menos isso significa ser sinal de fraqueza, e sim a maneira que lidamos com essa carência, isso que nos torna escravos ou livres. Enquanto você sentir que tem escolhas, enquanto conseguir se enxergar em meio a multidão, ainda estará livre, mas, se já se perdeu, volte imediatamente do início e recomece, não queira ser só mais um, ouça sua voz, ouça seu coração bater, faça a diferença, nem que seja para si mesmo!

Então da próxima vez que alguém lhe questionar se você está carente, não se envergonhe de dizer que sim, que admite sentir falta de algo ou alguém, mas, que estar carente não significa ser carente, você pode estar carente independentemente de ser!

                                                          LailaMell